Únicos

A mentalidade humana reinante de muitos séculos para cá é a de nos destacarmos do próximo, estarmos acima, superarmos, vencermos o outro. Fomos adestrados para temer o anonimato e assim aprendemos a abraçar a ilusão de que alguns seres estão acima dos outros, e, seguindo a mesma linha de raciocínio, de que alguns seres são mais especiais que outros.

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O problema é que a palavra “especial” – mais por causa de sua carga acumulada do que seu verdadeiro sentido – distorce a noção de que somos todos iguais em valor no universo, e, portanto, incorre em dissonância com o Cosmos. A palavra mais adequada é “única”, “único”. Somos todos únicos, e assim quando dizemos que alguém é “único”, facilitamos o acolhimento e dignificação de sua “luz”, sua expressão singular, sem, entretanto, colocá-la como superior às outras. Quando nós mesmos nos reconhecemos como únicos, estamos em paz com o universo, sem a falsa crença de que precisamos “chegar a algum lugar” ou nos tornarmos “alguém”, sem a ilusão de que precisamos ser “autorizados” por alguém; de que precisamos ser “especiais”. Fomos autorizados pelo Cosmos desde o dia em que nascemos. Resta-nos expressar nosso ser único; e não querermos ser “especiais”.

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Até poderíamos dizer que isso tudo não passa de uma questão de “linguagem”, se a escolha das palavras não estivesse tão intimamente ligada às crenças limitantes que terminamos por reforçar ou apagar no plano inconsciente.

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SÉRGIO LANT-TIGER

Psicomentor Taoísta | Consultor de I Ching

Youtube: “Caminho do Tigre”

www.sergiolanttiger.com.br